Temos um mapa em nossas cabeças? Produção de mapas mentais na formação inicial de professores
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Resumo
Nesse trabalho, trazemos como objetivo problematizar a utilização de mapas mentais na formação inicial de professores de Geografia com foco nas potencialidades de emprego desses recursos nas aulas de geografia. Em busca de alcançar esse propósito, realizamos pesquisa bibliográfica compondo um referencial teórico acerca das relações de poder e a cartografia, os mapas mentais e a formação de professores. Além disso, apresentamos e discutimos os resultados de uma prática pedagógica que teve por objetivo a produção de mapas mentais do Planisfério pelos futuros professores. A prática pedagógica, inspirada na obra “Carto-Crônicas: uma Viagem pelo Mundo da Cartografia” de Jörn Semann, foi realizada com três turmas da disciplina de Práticas Curriculares em Geografia I, no curso de Licenciatura em Geografia da Universidade xxxxxxxxxxxx. Como resultados, evidenciou-se que a elaboração de representações espaciais não é algo que os graduandos estão familiarizados. Na discussão sobre as representações elaboradas, evidenciam-se visões de mundo, elementos da linguagem cartográfica, pontos turísticos e algumas ausências, que foram problematizadas e debatidas em aula. A análise dos mapas mentais, nos permite compreender e discutir as imagens vinculadas ao planisfério que estão naturalizadas; desmistificar a visão do mapa como representações objetivas da realidade e compreendê-los como potências criativas que auxiliam na produção de realidades, assim como as entrelinhas, os elementos que permanecem na lembrança na ausência do mapa.
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