A linguagem cartográfica no processo de ensino e aprendizagem em Geografia nas escolas da rede básica de ensino de Pelotas – RS
Conteúdo do artigo principal
Resumo
Este trabalho é um resultado da pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Pelotas-UFPel. Trata-se de um estudo que buscou abordar a importância do uso da linguagem cartográfica no processo de ensino e aprendizagem em Geografia. Logo, o objetivo que norteou a proposta foi analisar com os professores de Geografia da rede básica de ensino municipal de Pelotas-RS, tem desenvolvido e integrado os conhecimentos da cartografia escolar em suas práticas docentes. Da mesma forma, buscou-se verificar como os professores utilizam a linguagem cartográfica no processo de ensino e aprendizagem. O estudo foi realizado com professores de Geografia que atuam na rede básica de ensino de Pelotas, em escolas municipais, estaduais e particulares. Como metodologia, nos apoiamos na pesquisa qualitativa, partindo de uma revisão bibliográfica, seguida da aplicação de questionário e a análise de dados. Como método de coleta de dados adotamos a pesquisa Survey interseccional, com aplicação de questionário, totalizando trinta e quatro questões. Como resultados, constatamos que não há uma efetiva apropriação do uso da linguagem cartográfica em sala de aula, pelo grupo pesquisado. Conteúdos como escala, projeções cartográficas e fusos-horários, foram mencionados como os mais difíceis de serem trabalhados pelos professores. Ademais, o grupo pesquisado elencou três pontos importantes que afetam de forma decisiva a apropriação da linguagem Cartográfica: a formação na graduação, a falta de materiais nas escolas e o pouco incentivo à formação continuada.
Downloads
Métricas
Detalhes do artigo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A revista segue o padrão Creative Commons (CC BY), que permite o remixe, adaptação e criação de obras derivadas do original, mesmo para fins comerciais. As novas obras devem conter menção ao(s) autor(es) nos créditos.
Referências
ANDREIS, A. M. A produção de significados e representações do espaço pela geografia escolar: possibilidades e limitações nos mapas. In: CALLAI, H. C. (org). Educação Geográfica – Reflexão e Prática. Coleção Sociais, editora UNIJUÍ, Reimpressão, 2014.
BARBBIE, E. Métodos de pesquisa Survey. Trad. De Guilherme Cazarino. Belo Horizonte: Ed., UFMG, 2003.
CALLAI, H. C. A educação geográfica na formação docente: convergências e tensões. In: Coleção Didática e Prática de Ensino: convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente. v. 6, Belo Horizonte: Autêntica, 2010.
CASTELLAR, S. Cartografia escolar e o pensamento espacial fortalecendo o conhecimento geográfico. Revista Brasileira de Educação em Geografia. Campinas, v. 7, n. 13, p. 207 - 232, jan./jun., 2017. Disponível em: <https://www.revistaedugeo.com.br/ojs/index.php/revistaedugeo/article/view/494>. Acesso em 04 de out. 2020.
CAVALCANTI, L. de S. Ensinar Geografia para a autonomia do pensamento: o desafio de superar dualismos pelo pensamento teórico crítico. REVISTA DA ANPEGE, vol. 7, n. 01, 2011.
COSTA, F. R. da; e LIMA, F. A. F. A linguagem cartográfica e o ensino-aprendizagem da Geografia: algumas reflexões. Geografia Ensino & Pesquisa, vol. 16, n. 2, maio/ ago. 2012.
FLICK, U. Uma introdução à pesquisa qualitativa. trad. Sandra Netz. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
FONSECA, R. L. Cartografia e formação docente: o domínio conceitual cartográfico na formação do professor de geografia. Geosaberes: Revista de Estudos Geoeducacionais. vol. 10, núm. 20, 2019. Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=552857648001>. Acesso em: 04 out. 2020.
FREITAS, M. I. C. de. Ser professor de geografia: divagações, ações e reflexões. GEOPAUTA, vol. 3, núm. Esp.4, pp. 19-38, 2019. Disponível em: <https://periodicos2.uesb.br/index.php/geo/issue/view/368>. Acesso em: 20 de jul. 2021.
IBGE. Instituto Brasileiro de geografia e estatística. Conceitos Gerais. Disponível em: <https://atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos-gerais.html>. Acesso em 26 de jun. de 2020.
JACOMINI, M. A; CRUZ, R. E. da. Jornada de Trabalho Docente na Rede Pública de Educação Básica: Parâmetros para Discussão. In: Arquivos Analíticos de Políticas Educativas, vol. 28, No 33, 2020.
OLIVEIRA, A. R. Construir uma didática da Geografia e Cartografia: entre linguagem cartográfica, cultura, saberes e práticas docentes. In: CALLAI, H. C.(org). Educação Geográfica – Reflexão e Prática. Coleção Sociais, Editora UNIJUÍ, Reimpressão, 2014.
PISSINATI, M. C.; ARCHELA, R. S. Fundamentos da alfabetização cartográfica no ensino de geografia. Geografia, vol. 16, n. 1, jan./jun. 2007.
PORTUGAL; BARROS; LIMA. Linguagem cartográfica e geografia escolar: experiências formativas na iniciação à docência. In: CASTROGIOVANNI, A. C.; TONINI, I. M.; KAERCHER, N. A.; COSTELLA, R. Z. (Orgs.). Movimentos para ensinar geografia – oscilações. Porto Alegre: Editora Letra 1, 2016, p.289-306
RICHTER, D. A linguagem cartográfica no ensino em Geografia. Revista Brasileira de Educação em Geografia. Campinas: vol. 7, n. 13, p. 277-300, jan./jun., 2017. Disponível em: <https://www.revistaedugeo.com.br/ojs/index.php/revistaedugeo/article/view/511>. Acesso em: 04 out. 2020.