As contribuições da Geografia da Saúde no monitoramento de vetores: Possibilidades e desafios em tempos de pandemia - COVID-19

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João Carlos de Oliveira
Paulo Irineu Barreto Fernandes
Arcênio Meneses da Silva

Resumo

Este trabalho é resultado de projetos de extensão e pesquisas entre Escola Técnica de Saúde da Universidade Federal de Uberlândia, o Instituto Federal do Triângulo Mineiro, a Associação de Recicladores Autônomos e a Diretoria de Sustentabilidade da UFU, no monitoramento de vetores, por meio de ovitrampas. A degradação ambiental tem disseminado diferentes arbovírus (Aedes e Culex) em diferentes territórios, intensificando ameaças sanitárias e custos para a sociedade, com arboviroses como Dengue, Chikungunya e Zika, denominadas de doenças negligenciadas. O objetivo deste trabalho é de socializar e discutir o contexto do monitoramento de vetores tendo como contribuições a Geografia da Saúde em tempos de pandemia – COVID19. As ovitrampas e as palhetas foram monitoradas em campo e em laboratório. Paralelamente realizamos atividades, por meio de desenhos e/ou escritas, baseadas na Educação Popular em Saúde, relacionadas ao monitoramento, vetores, doenças e cuidados com a saúde ambiental. Os resultados demonstram que é possivel, com desafios, a replicação desta experiência exitosa, pelo baixo custo, eficiência e efetividade, enquanto estratégia de Vigilância Entomológica e Ambiental, com destaques para a mobilização social, mas em tempos de pandemia – COVID19 algumas estratégias ficaram comprometidas, mas não abandonadas, pois utilizamos as redes sociais como forma de mobilização social.

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Como Citar
Oliveira, J., Fernandes , P., & Silva , A. (2022). As contribuições da Geografia da Saúde no monitoramento de vetores: Possibilidades e desafios em tempos de pandemia - COVID-19. Metodologias E Aprendizado, 5, 116–128. https://doi.org/10.21166/metapre.v5i.2477
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Artigos

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