AVALIAÇÃO DA EPIDEMOLOGIA ESPACIAL E TEMPORAL DA FERRUGEM EM DIFERENTES GENÓTIPOS DE ALHO

Autores

  • Carolina Eifler Instituto Federal Catarinense - campus Rio do Sul
  • Leandro Luiz Marcuzzo Instituto Federal Catarinense - campus Rio do Sul

Palavras-chave:

Allium sativum, Epidemiologia, Resistência genética

Resumo

O alho é uma das espécies condimentares mais populares do mundo, sendo que o país de maior produção e de maior consumo é a China. Quando se trata de importação, o Brasil é o segundo maior importador de alho do mundo, ficando apenas atrás da Indonésia. Um dos fatores que mais afetam a produtividade desta hortaliça é a questão fitossanitária, sendo a ferrugem causada pela Puccinia porri,uma das doenças mais destrutivas da cultura. Diante disso o presente trabalho teve por objetivo avaliar a epidemiologia espacial e a temporal em função da resistência genética de sete genótipos de alho. O experimento foi realizado no Instituto Federal Catarinense-Campus Rio do Sul, onde bulbilhos das cultivares Caçador, Caxiense, Chonan, Contestado, Ito, Jonas e Quitéria foram vernalizados a 4ºC por 50 dias e semeados a campo em três repetições constituídas de uma área de 1,3 X 1,25 m utilizando cinco linhas com espaçamento de 0,25 m entre linhas e 10 cm, ficando com um estande final de 65 plantas em cada repetição (equivalente a 400.000 plantas.ha-1) e os tratos culturais seguiram as normas da cultura. Para que houvesse inóculo da doença na área, mudas de cebolinha-verde (Allium fistolusum L.) infectada naturalmente com P. porri e apresentando sintomas nas folhas foram transplantadas entre cada parcela ao redor do experimento no dia do plantio a fim de introduzir a doença para que houvesse a infestação das plantas de alho. O experimento foi implantado em de junho de 2022, foi feito inicialmente primeira avaliação espacial da doença no mês de julho pelo teste de Doublet e Run e a partir desta avaliação foi realizado semanalmente a avaliação de severidade da ferrugem em cada folha de 10 plantas demarcadas aleatoriamente em cada repetição com auxílio de escala diagramática que varia de 1 a 25%. Os dados de severidade foram integralizados e foi calculada a área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) e essa avaliação ocorreu até a colheita dos bulbos que foi realizada em novembro de 2022. As médias obtidas da AACPD, severidade final e produtividade foram submetidos à análise de variância pelo teste de F a 5%, e se significativos, foram comparadas estatisticamente pelo teste de agrupamento de Scott-Knott ao nível de 5% pelo software estatístico SASM-Agri para constatar qual(is) genótipo(s) que apresenta(m) resistência a doença. Diante dos dados coletados na avaliação espacial constatou-se que a doença tem padrão espacial ao acaso acima de 90% por ambos os testes. A produtividade diferiu entre os genótipos avaliados, onde o genótipo Caxiense foi superior com 6.148 Kg.ha 1 , diferiu-se dos demais e Quitéria ficou intermediário com 4.833 Kg.ha-1, enquanto que demais não diferiram entre si. Portanto concluiu-se que o genótipo Quitéria e Caxiense apresentaram o menor progresso temporal da ferrugem do alho causado pela Puccinia porri e para a avaliação espacial constatou-se que o padrão de distribuição foi ao acaso.

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Publicado

2024-03-21

Como Citar

Eifler , C., & Marcuzzo, L. L. (2024). AVALIAÇÃO DA EPIDEMOLOGIA ESPACIAL E TEMPORAL DA FERRUGEM EM DIFERENTES GENÓTIPOS DE ALHO. Anais Da Feira Do Conhecimento Tecnológico E Científico, 1(24). Recuperado de https://publicacoes.ifc.edu.br/index.php/fetec/article/view/5081