HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE SANTA CATARINA (1738-1822)

Autores

  • Thomas Andrey Hipólito da Silva
  • Kayan Arcanjo Barros
  • Gilian Evaristo França Silva

Palavras-chave:

História da Educação, Brasil Colonial, Santa Catarina

Resumo

A pesquisa analisa a História da Educação da capitania de Santa Catarina, especificamente da Vila de Nossa Senhora do Desterro, no período de 1738 a 1822. Investiga-se a ação pedagógica jesuítica, analisando-se as orientações pedagógicas do Ratio Studiorum. Esse documento constituiu-se numa espécie de coletânea, com observações pedagógicas, cujo objetivo era instruir todo o jesuíta docente sobre a natureza, a extensão e as obrigações do seu cargo. O Ratio Studiorum, desta forma, apresentou-se como uma sistematização da pedagogia jesuítica, contendo 467 regras, abarcando todas as atividades dos agentes diretamente ligados ao ensino. Para a realização desta investigação, valeu-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico. Ainda em fase de desenvolvimento, outra etapa da investigação será a realização da pesquisa documental, com o levantamento e transcrição de tipologias documentais que abordem a experiência do ensino jesuítico. Essa documentação está presente nos acervos documentais do Arquivo Histórico Ultramarino, localizado no Arquivo Público do Estado de Santa Catarina. Considera-se fundamental a realização dessa pesquisa histórica, diante da necessidade da elaboração de material didático sobre a História da Educação de Santa Catarina. A ação jesuítica foi fundamental para a formação das primeiras escolas em território catarinense, contendo forte teor religioso, e sendo um período no qual a educação foi destinada ao fim de catequização. Com grandes impedimentos de investigação científica, diante da ação catequética empreendida. Por outro lado, essa ação pedagógica não se deu de forma geral, ampla e irrestrita, pois não abarcou todos os segmentos sociais, privilegiando as elites locais. Até a expulsão dos jesuítas, em 1759, a Educação no Brasil, de modo geral, foi caracterizada pela atuação desses agentes religiosos, pois logo em seguida, as câmaras municipais, como representantes da monarquia portuguesa nas vilas e cidades da América portuguesa, passaram a controlar o sistema das aulas régias, com outros agentes do ensino no campo educacional.

Publicado

2023-11-10