Jardim sensorial como ferramenta didática e de inclusão
DOI:
https://doi.org/10.21166/rext.v8i15.1795Palavras-chave:
Jardim sensorial , Pessoas com deficiência , Inclusão social , Espaços não formais de ensino , APAEResumo
Apesar da importância do componente curricular Floricultura, Paisagismo e Jardinagem oferecida no curso Técnico em Agropecuária, integrado ao Ensino Médio no Instituto Federal Catarinense (IFC) – Campus Rio do Sul, percebe-se que muitos estudantes não desenvolvem interesse pelos conteúdos dessa disciplina. Isso se manifesta em relatos dos próprios estudantes, nos quais revelam que não acham esses conteúdos importantes para sua vida profissional ou acadêmica. A utilização de projetos e de espaços não formais de ensino no processo educacional podem despertar o interesse dos estudantes pelos conteúdos dos componentes curriculares. Diante disso, o objetivo deste trabalho foi implementar um jardim sensorial como ferramenta no processo de ensino/aprendizagem dos estudantes do primeiro ano do referido curso, no componente curricular Floricultura, Paisagismo e Jardinagem, e disponibilizar a sua utilização/visitação aos alunos atendidos pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE). Os resultados do projeto foram positivos, pois houve, por parte dos estudantes do IFC, sensibilização sobre o tema da inclusão social, além da dedicação no planejamento e implantação coletiva do jardim sensorial. Os estudantes avaliaram como positiva a estratégia de ensino fora do ambiente tradicional. Os alunos atendidos pela APAE, que visitaram o jardim sensorial, apresentaram melhora no desenvolvimento intelectual, motor, cognitivo e socioafetivo, além de demonstrarem grande entusiasmo na realização das atividades. Esta técnica apresenta potencialidade para ser utilizada continuamente como ferramenta no processo de ensino/aprendizado para todos os públicos, em especial, os com deficiência.
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