Calouro cidadão: um projeto que tornou possível a cultura do trote não violento nos cursos de graduação da Unifal-MG - Campus Poços de Caldas
DOI:
https://doi.org/10.21166/rext.v7i14.1216Palavras-chave:
Conscientização Social, Solidariedade, Cidadania, Educação, Cursos de Graduação em Área TecnológicaResumo
Cortes de cabelo e brincadeiras temidas por serem potencialmente perigosas têm sido substituídos por ações solidárias e de integração durante a chegada dos novos alunos (calouros) ao ambiente universitário, desde a primeira turma ingressante em cursos de bacharelado tecnológicos da Universidade Federal de Alfenas/MG – Campus Poços de Caldas, no ano de 2009. Essa postura institucional objetiva coibir a cultura violenta e constrangedora da recepção dos calouros de engenharia pelos veteranos. Nesse sentido, o Projeto de Extensão Calouro Cidadão visa incentivar os discentes a participarem de ações de caráter social e educativo que, de forma prazerosa e construtiva, proporcionam momentos de integração e boas-vindas entre os discentes, além de humanizar o trote na universidade, por meio de atividades de cunho social, filantrópico e educativo, visando uma mudança positiva de atitudes entre calouros e veteranos. O projeto tem suas ações concentradas na primeira semana de aula de cada período do ano. Alguns exemplos de ações são palestras informativas sobre o funcionamento da Universidade, mutirão de arrecadação de alimentos e roupas, ida ao Lar São Vicente de Paulo, ida à APAE, ida ao hemocentro, dentre outras. Este projeto está pautado na indissociabilidade do ensino, pesquisa e extensão e, tendo em vista a aceitação e o interesse dos alunos em dar continuidade ao trabalho e de nunca terem ocorrido denúncias de trote violento dentro ou mesmo fora do campus, é possível perceber que o contexto de trote não violento está se enraizando na cultura do campus.
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